NOTÍCIAS | EDUCAÇÃO GARANTE A PERENIDADE DAS COOPERATIVAS
Quinta-Feira, 19 de Setembro de 2019, 16h:32
Concluem especialistas nacionais e internacionais

Sistema OCB/MT / Com assessoria Unimed/Sueco
Cuiabá / MT
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Educação garante a perenidade das cooperativas

Educação garante a perenidade das cooperativas, garantem especialistas

 

A Faculdade do Cooperativismo – I.COOP, com apoio do Sistema OCB/MT realizou sua segunda Mesa Redonda Internacional sobre a ‘Educação para a Perenidade das Cooperativas: Experiências e Possibilidades’, que foi realizada durante o XXIV Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (SUECO), no dia19 de setembro de 2019, em Cuiabá (MT). O tema foi debatido por especialistas internacionais e nacionais, que ressaltaram a necessidade de investir na área como uma forma de garantir a perenidade e o fomento à criação e o desenvolvimento de cooperativas.

O consultor internacional em Cooperativismo e Desenvolvimento Sustentável, Rodrigo Gouveia, de Washington (EUA), lembrou que a educação é um princípio tão importante como qualquer outro dentro do cooperativismo e, portanto, quem não apostar nela certamente terá dificuldade no futuro. “As cooperativas são empresas com fins, com princípios que representam uma ideologia e é isso que nos distingue também no mercado. E essa diferença cooperativa só se pode realmente transmitir e fazer perceber através da educação”.

E a melhor forma de promovê-la, segundo Rodrigo, é através de uma instituição especializada na área. “Mas não se pode ficar à espera do estado e do ensino público, temos que ser nós a investir. A educação não é um custo, é um investimento. É a arma mais poderosa para mudar o mundo”, alertou.

Gouveia ponderou ainda que “de uma forma geral as cooperativas no mundo estão conseguindo cumprir esse 5º principio (educação, formação e informação), mas existem execuções, e essas cooperativas que não dedicam o necessário investimento e tempo para educação tendem a falir, duram pouco. Porém precisam fazer mais e melhor, ter mais pessoas dedicadas à educação cooperativista”.

A PhD em Estudos de Desenvolvimento Claudia Sanchez Bajo, de Bruxelas (Bélgica), ressaltou que não se trata uma questão de gestão, mas de estratégia intergeracional, a fim de que se possa garantir a perenidade do sistema. Ela apresentou exemplos de iniciativas de países de vários continentes, como Ásia, Europa e América, que investiram em educação em todos os níveis, dentro e fora das cooperativas, como uma forma de promover importantes mudanças.

“As experiências cooperativas de sucesso sempre tiveram educação, não só dos associados, mas de toda a comunidade. E assim foram se criando outras cooperativas”, frisou Claudia. As crianças, quando crescem, tornam-se líderes e, mesmo quando não trabalham com cooperativismo, têm uma formação consistente em relação a noções de cidadania, acrescentou a palestrante.

Nesse ponto o Sistema Unimed caminha a passos largos, como mostrou o diretor de Educação Corporativa da Fundação Unimed, Ary Célio de Oliveira. Para ele “a educação é um princípio e é cláusula pétrea do cooperativismo, onde na história de 175 do cooperativismo, já era premissa de que toda cooperativa tinha que investir em educação, formação e informação para seu cooperado, seus clientes e comunidade, e isso tem garantido a nossa perenidade ao logo dos anos. A educação é o único instrumento de sustentabilidade do sistema”.

A Fundação Unimed, que em 2019 completou 24 anos, é a mantenedora da Faculdade Unimed, hoje com três anos e conceito 5 do MEC. Credenciada junto ao órgão para educação presencial e a distância, ela atua em todo o território brasileiro, informou o palestrante. Ele apresentou números que mostram bem a dimensão do trabalho realizado, com quatro turmas de graduação e um grande portfólio de pós-graduação. “Já fizemos quase 600 turmas de pós. São 2.558 alunos em 117 turmas”, destacou Ary Célio de Oliveira.

“A Unimed fez 52 anos e hoje a Faculdade Unimed é com certeza um dos mecanismos que vem consolidar esse processo junto a todos os stakeholders, ou seja, cooperados, dirigentes e principalmente a comunidade”, avalizou Ary. Números apresentados pelo diretor revelaram que dezenas de milhares de pessoas externas ao cooperativismo passaram por cursos de extensão como o de cuidador de idosos, fazendo a diferença em suas comunidades.

A mesa contou também com a participação da presidente da Fundação Espriu, de Barcelona (Espanha), Teresa Basurte, que falou sobre a abrangência da instituição, composta por 181 mil cooperados que participam ativamente da tomada de decisões, assim como os usuários. O cooperativismo é um sistema econômico, um instrumento que permite levar à prática ideias, filosofia e a boa execução, salientou. “Parece uma obviedade, mas não é, que devemos proporcionar serviços de saúde excelentes, dado que esta é a nossa principal razão de ser. E, levando em conta as novas tecnologias, mantemos uma comunicação constante, e criamos o que chamamos de área de participação, voltado a atividades de caráter cultural e formativo dirigidas aos usuários”, informou.

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Educação garante a perenidade das cooperativas

Onofre Cezário de Souza Filho, presidente do Sistema OCB/MT

Onofre Cezário de Souza Filho, presidente da Organização e Sindicato da Cooperativas Brasileiras no Estado do Mato Grosso (Sistema OCB/MT), durante a abertura da mesa redonda relembrou da participação nos antigos comitês educativo da Unimed e fez questão de destacar nomes importantes do Sistema Unimed e do cooperativismo internacional, sem os quais nada disso seria possível.

Onofre Cezário, fez uma avaliação do evento e ressaltou que “na primeira Mesa Redonda Internacional sobre Educação Cooperativista, realizada em 2015, os expositores falaram mais sobre suas instituições, não aprofundando no tema educação; nesta segunda Mesa Redonda, propusemos aos palestrantes aprofundar no 5° Principio do Cooperativismo. Deu certo. As ponderações mostraram que a educação é dever do cooperativismo mundial, não é uma obrigação. Assim, podemos ser disruptivos, mais vamos manter a essência cooperativista na educação, por conta do dever e não pela obrigação. Entendemos ainda nos debates, que o cooperativismo é que tem o dever de investir nesse processo educacional e não esperar do poder público ou privado”.

Cezário disse que “nesse contexto, o Sistema OCB/MT está cumprindo o 5º principio através da nossa Faculdade do Cooperativismo, o I.COOP, que nasceu com o propósito de forma a nossa gente para perpetuar, através desse conhecimento, nossas cooperativas com a essência cooperativista”.

A Faculdade do Cooperativismo I.COOP, foi apresentado por Carla Machado, coordenadora de Extensão e Pós-graduação do ICOOP. Ela disse que “a instituição de ensino superior é a terceira voltada para a educação cooperativista, mas a única aberta para a comunidade e não apenas para as cooperativas e seus cooperados. O I.COOP teve iniciou em 2018 e tem um papel fundamental de preparar as pessoas, através da educação, para manter perenes as cooperativas”.

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Educação garante a perenidade das cooperativas

A Educação garante a perenidade das cooperativas

“Nós entendemos que a educação é fator fundamental para que os nossos negócios não percam a essência, não percam a alma. Então, a criação do ICOOP em Cuiabá tem esse propósito, preparar gestores, lideranças e divulgar o movimento que consideramos fundamental para o desenvolvimento econômico e social das pessoas e das comunidades”, explicou a presidente do ICOOP, Janete Carmen Dalabarba.

Para Dalabarba, “a mesa redonda cumpriu seu propósito de discutir educação cooperativista como elemento fundamental no desenvolvimento e a perenidade das nossas cooperativas. Precisamos investir em formação de gente que conheça profundamente o Sistema e para isso trouxemos grandes experiências de fora do país, mostramos a nossa Faculdade aqui em Cuiabá, e a experiencia da Faculdade Unimed, ressaltando assim, que é um movimento que está crescendo e que é necessário. É muito positivo perceber, que as cooperativas têm compreendido o papel da educação para o movimento cooperativo. Avalio que a mesa redonda atendeu ao objetivo de provocar, de refletir sobre o papel da educação e estamos convencidos da importância desse movimento e a necessidade de avançarmos nesses propósitos”.

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Educação garante a perenidade das cooperativas

O Presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, com os palestrantes da mesa redonda

O Presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, falou da proposta do Sueco em discutir a Inovação: Como ser disruptivo sem perder a essência, e do papel da educação nesse processo. Para ele, “a tecnologia evolui em todos os seguimentos e na área de saúde não é diferente. Nós temos hoje a telemedicina, a inteligência artificial, mas a essência, que é a relação médico paciente, é que é fundamental nesse elo. E a educação cooperativista vem de encontro ao entendimento do sócio cooperado, de que o cliente é o nosso maior diamante”.

Rubens Carlos, destacou que “junto com o Sescoop e OCB nós conseguimos fazer uma mesa redonda que discutiu a importância da educação em todo processo com os palestrantes internacionais e nacionais. Esse é um momento histórico, onde cada vez mais se junta a cooperativa, o seu órgão maior que é o Sistema OCB, com seu braço forte educacional, através do Sescoop e o Sistema Unimed. Nosso principal propósito no Sueco 2019 é o de entender que o mundo evoluiu e nós temos que acompanhar”.

Fonte: Sistema OCB/MT / Com assessoria Unimed/Sueco

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