Fórum define próximos passos
Lideranças das 16 cooperativas do segmento trabalho participaram do Fórum das Cooperativas de Trabalho realizado pelo Sistema OCB/MT, no dia 26/08, na modalidade híbrida, sendo na forma presencial na sede do Sistema OCB/MT (Cuiabá) e on line pela Plataforma Zoom, por conta da pandemia do Covid-19. Na pauta, discussões de gargalos e oportunidades em prol de direcionamento mais assertivo ao setor.rum teve um resultado positivo e contribuiu para aprofundarmos nos gargalos e oportunidades, e assim definimos as principais ações que serão implementadas em conjunto e com o apoio e retaguarda da OCB/MT. Nosso propósito é avançar e termos um cenário cada vez melhor para os trabalhadores que atuam através das cooperativas de trabalho”, disse o representante das Cooperativas de Trabalho de Mato Grosso, Vanderlei Borges.
Borges disse ainda, que “conseguimos definir metas claras e vamos avançar muito com isso. As cooperativas têm ações para serem feitas e o Sistema OCB/MT também. Sempre digo que as cooperativas são a razão de ser da OCB e os cooperados a razão de ser das cooperativas e assumimos compromissos para melhorar nosso trabalho e pensar estrategicamente o seguimento”.
Fórum foi na na modalidade híbrida
O superintendente da OCB/MT, Frederico Azevedo apresentou durante o evento, o resultado da pesquisa junto aos gestores das cooperativas de trabalho, sobre dores e oportunidades. A pesquisa apontou os cenários que os cooperados estão vivendo, como a proibição na participação em processos licitatórios junto às entidades públicas e interpretações equivocadas do Tribunal de Contas do Estado, e isso impacta na rentabilidade e custos das cooperativas.
O superintendente da OCB/MT, também apresentou as ações da OCB/MT pelo Ramo Trabalho neste ano, sendo que a principal pauta foi a Lei de Licitações, discutida com prefeituras, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa e outros órgãos. “A defesa institucional das Cooperativas de Trabalho tem sido intensificada porque tem-se visto muita ilegalidade na formulação de processos licitatórios que exigem nossa atenção, mas existem melhorias na governança setorial, e por unanimidade das cooperativas participantes do Fórum, assumiram o compromisso em aderir aos programas de monitoramento do Sescoop/MT e assim melhor a gestão”, ressaltou Azevedo.
A analista de monitoramento, Georgeana Siles, apresentou os programas realizados pelo Sescoop/MT e pontuou a necessidade de adesão de todas as cooperativas visando melhorar a gestão. Entre eles, o Programas do Sescoop Nacional como o PAGC (Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista) e o PDGC (Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas) e os programas do Sescoop/MT, como PGA (Programa de Gestão Assistida), e o PPA (Programa de Participação Assemblear).
O superintendente do Sescoop/MT, Adair Mazzotti, disse que “quando você traz a direção das instituições voltadas para o propósito de apoiar o desenvolvimento das cooperativas, precisamos sempre ouví-las. Os fóruns têm esse caráter de fazer a correção de rumos. No caso da OCB/MT ouvir quais os problemas que afetam principalmente os negócios, como legislação, tributação e políticas de governo que possam impactar nas cooperativas e cooperados, e no caso do Sescoop/MT e I.Coop, colher subsídios para orientar e corrigir o planejamento das ações. Nesses fóruns ficam evidenciados quais as dificuldades de cada setor, alimentando assim nossas instituições quanto ao planejamento das suas ações”.
No Fórum também foram apresentadas as ações do Sistema OCB para o Cooperativismo de Trabalho, pela Gerente Técnica da OCB Nacional, Clara Maffia. Ela mostrou que no plano de ação do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços, conta a revisão da Lei 12.690/2012 - PL 2595/2021, o fortalecimento das câmaras temáticas, o Incentivar a profissionalização dos dirigentes, colaboradores e cooperados das cooperativas, a ampliação da cobertura de aplicação dos diagnósticos nos eixos desempenho, governança, gestão e identidade, além de investimento na produção de material e conteúdo técnico, entre outras ações, junto aos três poderes: Judiciário, Executivo e Legislativo.
“As cooperativas precisam fazer o trabalho interno, pois só assim vamos conseguir distinguir as verdadeiras cooperativas. As cooperativas do ramo trabalho tiveram uma pequena redução, por inativação, e isso pode ser um dado positivo, onde se separa o joio do trigo, e mostra quem são realmente as cooperativas sérias que estão trabalhando”, disse Clara Maffia.
