Aumento da taxa de importação feita pelo governo federal vai ajudar os produtores de leite, afirma presidente da Cooperativa de Mato Grosso Coopnoroeste, Mizael Barreto, e diz que “alíquota de importação do produto será elevada para compensar a perda da proteção do mercado interno”.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro informou no dia 12 de fevereiro, especialmente aos produtores de leite, que o governo decidiu tomar medidas para proteger o setor, que vinha se sentindo prejudicado desde semana passada, quando foi suspensa a taxa de antidumping para a importação de leite em pó, integral ou desnatado oriundo da União Europeia e da Nova Zelândia.
Como a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vinha defendendo, haverá um aumento da alíquota do imposto de importação do produto para compensar a perda da taxa antidumping. “Comunico aos produtores de leite que o governo, tendo à frente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, manteve o nível de competitividade do produto com outros países. Todos ganharam, em especial os consumidores do Brasil”, escreveu o presidente no Twitter
De acordo com o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), o governo deverá publicar, nesta quinta-feira (14), a medida que vai determinar o aumento do imposto de importação, atualmente de 28%. Segundo Moreira, o aumento vai considerar a antiga taxa antidumping, que era de 14,8% para o leite importado da União Europeia. A nova alíquota do imposto ainda não foi informada, mas a soma da antiga alíquota com a taxa antidumping dá 42,8%.
Para o Diretor Presidente da Coopnoroeste/Lacbom Mizael Barreto, a decisão tomada pelo presidente Jair Bolsonaro a princípio, vem atender ao anseio da classe produtora de leite no Brasil. “Temos uma cooperativa com cerca de 1200 cooperados que sofre com as importações, pois o governo deixa de valorizar quem produz no Brasil para importar leite de outros países e gostaria de aproveitar esse momento para informar aos nossos cooperados, que estamos acompanhando de perto essas discussões e, inclusive, entrando em contato com o governo do estado de Mato Grosso para que ele siga o exemplo do presidente Jair Bolsonaro possa trazer para debater a pauta mínima do preço do leite em nosso estado”, disse Barreto.
Mizael Barreto acredita que é somente com união e através de mobilizações populares, será possível melhorar a situação do produtor de leite no Brasil, Mato Grosso e na região.